quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dia do Perdão (Dia da Expiação)

 “Falou o SENHOR a Moisés, depois que morreram os dois filhos de Arão, tendo chegado aqueles diante do SENHOR. Então, disse o SENHOR a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório. Entrará Arão no santuário com isto: um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto. Vestirá ele a túnica de linho, sagrada, terá as calças de linho sobre a pele, cingir-se-á com o cinto de linho e se cobrirá com a mitra de linho; são estas as vestes sagradas. Banhará o seu corpo em água e, então, as vestirá. Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para a oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto.”
“Nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar para fazer propiciação no santuário, até que ele saia depois de feita a expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel.”
 “Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR. É sábado de descanso solene para vós outros, e afligireis a vossa alma; é estatuto perpétuo. Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas; fará expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar; também a fará pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés.”
Levítico 16

“O SENHOR Deus disse a Moisés:
—O dia dez do sétimo mês é o dia em que os pecados do povo são perdoados. Nesse dia ninguém deverá comer nada, e todos deverão apresentar a Deus, o SENHOR, ofertas de alimento. Ninguém trabalhará nesse dia, pois é o dia em que é apresentado ao SENHOR, o Deus de vocês, o sacrifício para conseguir o perdão dos pecados do povo. Qualquer pessoa que comer alguma coisa no Dia do Perdão será expulsa do meio do povo. E, se alguém trabalhar nesse dia, eu mesmo destruirei essa pessoa. Não façam nenhum trabalho nesse dia; em todos os lugares onde morarem, vocês e os seus descendentes deverão obedecer a essa lei para sempre. Desde o pôr-do-sol do dia nove até o pôr-do-sol do dia dez, esse será considerado um dia sagrado de descanso, e nele ninguém deverá comer nada.”
Levítico 23:26 a 32

            Exatamente dez dias depois da Festa das Trombetas, ocorre entre o povo judeu o Dia do Perdão. O Yom Kippur iniciará no entardecer do dia 17 de Setembro de 2010, e é marcada por um jejum total de 24 horas, assim como foi instituído por Deus desde os tempos bíblicos, conforme você pode acompanhar nos textos acima. Mais do que um ritual religioso o Dia do Perdão foi estabelecido por Deus, e é sobre esta “festa” o nosso estudo de hoje.
            O primeiro ponto que enxergo neste texto, é que o dia do perdão só foi estabelecido por Deus depois da morte dos filhos de Arão, conforme Levítico 10:1 e 2, que foram consumidos pelo fogo do SENHOR depois de trazer diante de Deus algo que não foi lhes ordenado. Sem entrar na questão da morte deles, creio que isto ocorreu devido à irreverência de Nadabe e Abiú ao entrarem diante do Senhor. O texto de Levítico 10 é claro ao dizer que eles entraram com fogo estranho perante a face do Senhor. Fica claro que os dois, mesmo com a melhor das intenções não se prepararam para se colocarem diante de Deus. Atualmente existe entre o povo de Deus o sentimento que Deus sendo pai nos aceita como estamos e, portanto não importa a vida que levamos Deus sempre se alegrará conosco e nos chamará para perto de si. Isto não é uma verdade. Deus é pai, mas também é o Rei do Universo. Ninguém entra na presença de um rei de qualquer jeito. È preciso reverência. No início de Levítico 16 vemos Deus ordenando a Moisés que Arão não entrasse no Sento dos Santos a qualquer hora, mas que se preparasse para isto. Quantos de nós temos oferecido um culto ao Senhor com a vida de qualquer jeito. O simples fato de sabermos que entraremos na presença de Deus deve nos levar a prepararmos nossos corações e lavarmos nossas mãos para nos chegarmos ao Rei. “Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.” Salmo 24:3 e 4.
            Outro fato encontrado no texto de instituição do Dia do Perdão é que nenhum homem poderia estar na tenda da congregação, ou seja ninguém poderia chegar diante de Deus, apenas o sacerdote. Este entraria diante de Deus e intercederia por todos.  “Meus filhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos Yeshua, o Messias, o Tzaddik, que intercede por nossa causa junto ao Pai. Ele é também a kapparah pelos nossos pecados – e não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo todo” (1 Yochanan [1 João] 2:1 e 2 NTJ).
            O sacerdote de Levítico representa o Messias. É ele quem entra diante do Senhor em nosso lugar intercedendo por nós. Nunca poderíamos entrar diante do Senhor por nós mesmos, estaríamos eternamente separados de Deus se não fosse pelo Messias. “Pois Deus é único, e há um só mediador entre Deus e a humanidade: Yeshua, o Messias, um ser humano, o qual se entregou como resgate a favor de todos, provendo, desse modo, o testemunho do propósito de Deus no tempo exato”. (1 Timóteo 2:5 e 6 NTJ). E através de Jesus, o Messias, podemos chegar diante de Deus.  “Yeshua disse: ‘Eu Sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. ’” (Yochanan [João] 14:6 NTJ).
            Agora, nós que estávamos afastados de Deus, temos através de Jesus o perdão de nossos pecados e nossa religação com Deus. E neste dia do perdão somos convidados a entrar diante do Senhor não para que Ele nos perdoe, pois o perdão já foi concedido mediante do sacrifício de Jesus, mas para com gratidão a Deus, e num jejum indicando que nossa natureza carnal ficou para traz, renovarmos nossa aliança de servirmos a um Deus que tanto fez por nós.
Portanto, o dia de Yom Kippur é um dia de consagração e lembrança. Consagração de nossas vidas a Deus com alegria na lembrança de nosso Messias que se entregou a Deus como sacrifício por todos os nossos pecados e que agora está à direita do pai intercedendo por todos aqueles que aceitaram o sacrifício que fez em nosso lugar.

Shemá Israel, Adonai Eloheinu, Adonai Echad
 (Ouve, ó Israel, O Eterno é nosso D'us, o Eterno é único)
 “Baruch Shem Kvod Malchutei Leolam Vaed
 (Bendito seja o nome daquele cujo glorioso nome é Eterno)
 “Adonai Hu HaElohim
 (Só o Eterno é D'us) ·.


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