domingo, 23 de janeiro de 2011

Nossa velha mania de fazer mais do que é devido

“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso. Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do SENHOR, homens da maior firmeza; e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isso para honra tua da parte do SENHOR Deus. Então, Uzias se indignou; tinha o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na casa do SENHOR, junto ao altar do incenso. Então, o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o SENHOR o ferira. Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da casa do SENHOR; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra.”
(2 Crônicas 26:16 ao 21)

            É muito interessante a história do rei Uzias. Seu pai, Amazias, foi um grande rei de Judá, que iniciou seu reinado na presença do Senhor, mas terminou sua vida na idolatria, que trouxe a ruína tanto ao próprio Amazias quanto ao reino de Judá.  
            Com certeza Uzias conhecia a história de seu pai, seus erros e acertos, e as conseqüências de cada uma de suas ações. Conhecendo esta história Uzias teve uma enorme chance de escolher seu caminho sabendo o destino de suas escolhas. E ele decidiu fazer o que era correto.
            Uzias primeiramente buscou ao Eterno e esta busca o fez prosperar (2 Cr 26:5). Na presença de Deus ele saiu para guerrear e venceu as batalhas, ele edificou seu reino e juntou riquezas. Tudo aquilo que ele fazia prosperava, pois o Senhor ocupava o primeiro lugar em sua vida.
            Há um provérbio chinês que diz: “O sábio aprende com os erros dos outros.”. Uzias estava sendo sábio, olhava os erros de seu pai e aprendia com eles. Ele não se desviou do Senhor seu Deus, pelo contrário, deixou ao Eterno no primeiro lugar de sua vida e tudo o mais em segundo plano.
            Infelizmente na vida de Uzias teve um “mas”. E é desta forma que começa o trecho bíblico que lemos ao inicio deste texto. Provavelmente numa tentativa de agradar ao Senhor por tudo aquilo que recebeu, Uzias resolveu fazer mais daquilo que realmente deveria. Ele decidiu que iria queimar incenso, algo que deveria ser feito somente pelos sacerdotes.
            Esta é uma tendência que cada um de nós temos: não nos contentamos com aquilo que fazemos. Consideramos muito pouco buscar ao Senhor e fazer a Sua vontade, e passamos a criar em nossas vidas “mas” semelhantes ao de Uzias. Passamos a criar elementos que nos desviam da real presença de Deus, substituindo-a por ações que não nos competem fazer. Impomos a nós mesmos penitencias e sacrifícios, que na maioria das vezes não tem nada do Senhor. Substituímos desta maneira a verdadeira religião (religar-se com Deus) por um sistema de religiosidade, criando um conjunto de rituais que simplesmente precisa ser feito, quase sempre sem entendermos o que esta sendo feito. E esta religiosidade traz sobre nós também o velho legalismo, onde consideramos que tudo aquilo de estamos fazendo irá de algum modo comprar a presença de Deus e as bênçãos do Senhor sobre nós.
            Uzias iniciou o seu reinado buscando primeiramente ao Senhor, e sua busca lhe trouxe vitórias. Mas terminou este reinado com ações que não lhe competiam fazer, e isto lhe trouxe lepra.
Se Uzias tivesse buscado no Senhor o que realmente era queimar incenso, ele teria entendido que era a função do sacerdote, e não dele. Seu primeiro erro foi planejar uma ação que não entendia, uma ação mecânica, fez algo simplesmente porque deveria ser feito, sem significado algum. Quantos têm caído neste mesmo erro? Freqüentam uma comunidade porque precisa. Jejuam porque alguém falou que ele deveria. Oram e cantam ao Senhor sem sequer saberem o que estão falando. Isto não tem significado algum para Deus. É o que o sacerdote falou para Uzias: “nem será isso para honra tua da parte do SENHOR Deus.”.
O segundo, e maior erro do rei Uzias, foi não retroceder diante da exortação do sacerdote. Muito pelo contrario, ele se indignou com aquilo que o sacerdote lhe falou. E foi esta ira que fez com que a lepra viesse sobre ele. A lepra naquele tempo era uma das piores doenças que alguém poderia ter. A pessoa permanecia viva, porém afastada de todos. Era uma sentença de morte antes do tempo, uma morte em vida. E este foi o fim de Uzias, afastado de todos, morto para todos, até um novo rei foi colocado em seu lugar.
Errar é algo que faz parte da vida de cada ser humano. Erramos diariamente e muitos destes erros são frutos de uma vontade de acertar. São ações que fazemos ou que nos obrigamos a fazer que acabam ocupando o lugar da verdadeira busca ao Senhor. Acabamos deixando Deus em segundo plano, nos preocupando com nossas tradições e rituais em primeiro lugar. Porém o Senhor em sua infinita misericórdia, um de seus treze atributos, abre nosso olhos nos exortando. Ele nos mostra que deve ser o foco de nossas atenções e tudo o mais deve ser conseqüência desta busca. Precisamos ser humildes ao ponto de receber esta exortação e mudar a nossa atitude. Desprezar a exortação do Senhor só trará sobre nós a morte, só irá definitivamente nos afastar de nosso Deus.
Uzias teve a chance de aprender com os erros de seu pai. Em seguida teve a chance de aprender com o seu próprio erro. Ele desperdiçou estas chances. E você, o que feito?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Comunicação

“Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.”
(Gênesis 11:1 ao 9)

            Muitos conhecem a história da torre de Babel. Ela é contada a praticamente todas as crianças e revela a todos a origem de todas as línguas. Gostaria de conversar a respeito deste texto hoje.
            O primeiro ponto a observarmos é que estamos vendo a história dos descendentes de Noé. Após a arca repousar sobre as montanhas de Ararate e as águas baixarem, Deus fez uma aliança com Noé e com esta veio um ordenança: “Sede fecundos e multiplicai-vos; povoai a terra e multiplicai-vos nela.” (Gênesis 9:7). A ordem era para povoar a terra e depois multiplicar. Para que a terra toda pudesse ser povoada, era necessário que os homens se espalhassem pela terra. Observem que não temos somente alguns indivíduos andando pela terra, mas multidões de descendentes de Sem, Cão e Jafé, os três filhos de Noé.
            Este povo decidiu se reunir e construir uma cidade e nela uma torre. É muito interessante observarmos o motivo da construção desta torre: não serem espalhados por toda a terra, ou seja, não obedecerem à ordem do Senhor. A humanidade mais uma vez decidiu não obedecer ao mandamento do Senhor, e, para que esta sua postura pudesse ser mantida, ela decidiu construir uma torre, sendo assim a torre tinha duas funções: a primeira função era a de ferramenta, pois através dela os povos seriam impedidos de se espalharem pela terra. A segunda função da torre era a de um marco ou memorial, uma eterna lembrança que o homem virou as costas para Deus para seguir o seu próprio caminho.
            Durante esta construção o Senhor desceu para ver a cidade e a torre. É evidente que esta expressão é apenas uma maneira do homem entender o mover de Deus, pois sabemos que Ele é Onipresente, mas o que realmente chama muito a minha atenção é a fala do Senhor ao ver a obra que a humanidade estava fazendo: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.”. E agora, para que o homem descontinuasse de sua postura de desobediência, o Senhor confundiu as línguas dos homens, e, em virtude disto, a obra foi deixada de lado e todos se dispersaram. Quando não há comunicação, há separação.
            Quero, através desta passagem, olhar primeiramente para a nossa vida familiar, e depois ir mais além, olhando para a nossa vida como participantes do corpo de Yeshua, o Messias.
O Senhor chamou a cada um de nós e entregou-nos um mandamento acima de todos: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” (Deuteronômio 6:5). Neste mandamento está incluso o desejo do Senhor de manter um relacionamento com o homem. Já conversamos em palavras anteriores sobre a importância deste relacionamento. Nesta intimidade temos salvação, temos bênçãos, temos vida abundante. Quando nos afastamos desta presença os problemas começam a aparecer.
O texto de Gênesis é claro ao dizer que a confusão das línguas foi a conseqüência do posicionamento errado do homem. Isto nos mostra que se deixarmos Deus do lado de fora de nossas vidas traremos sobre nós confusão de línguas. Isto significa que somente em Deus há uma comunicação perfeita em nossas casas.
Você já conheceu lares onde parece que cada integrante fala um idioma diferente? O marido e a esposa não se entendem, pais e filhos vivem em mundos diferentes, tudo isto é resultado da confusão das línguas. Uma família que vive desta forma esta destinada a sua destruição. O mesmo acontece nas igrejas. É o que Yeshua [Jesus] disse: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.” (Mattityahu [Mateus] 12:25 NTJ).
E toda esta confusão de línguas é resultado da ausência da presença de Deus na vida de cada integrante desta casa. A perfeita comunicação só ocorrerá quando todos se posicionarem em uma vida de intimidade com o Senhor. Por mais improvável que isto pareça, tenha certeza que não é impossível. E antes de você desistir e aceitar a situação como está, saiba que o Senhor irá começar a operar em sua família a partir de você. Toda a obra de Deus no seu lar irá começar quando você se posicionar firme nEle. Traga hoje a presença de Deus sobre a sua vida e sobre o seu lar, e esta presença irá impactar e transformar primeiramente você e em seguida a cada um dos seus. Mas deixe Deus trabalhar. Mostre a obra que o Senhor fez em sua vida e deixe que seu testemunho impacte aqueles que o cercam.
As conseqüências desta vida em unidade são tremendas. É o que o Senhor falou: “não haverá restrição para tudo que intentam fazer”. Nada segura um lar unido. Nada segura uma igreja unida. Yeshua disse a Shim’on Kefa [Simão Pedro]: “Você é Kefa [que significa ‘pedra’], e sobre esta pedra edificarei minha comunidade, e as portas do Sh’ol [inferno] não a poderão vencer.” (Mattityahu [Mateus] 16:18 NTJ).
Toda a vida de bênçãos e conquistas que o Senhor já determinou sobre você e sobre a sua família serão conquistadas através da unidade. Unidade em Deus, e unidade com os seus. Para que esta unidade possa ser alcançada clame pela presença do Senhor, traga Deus para dentro de sua casa. Ore, jejue, cultue ao Senhor em família. Qual foi a ultima vez que você orou em família? Compartilhe a respeito da Bíblia e dos feitos do Senhor com os de sua casa.
Todas as vitórias que o Senhor já determinou sobre a comunidade, sobre a igreja, serão conquistadas através da unidade dos membros da comunidade entre si no amor de Deus. E esta unidade não será conquistada de modo diferente. A intimidade com Deus é a chave desta conquista.
Somente Deus traz a perfeita comunicação.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Decepcionado

“Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca. Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos. Então, não terei de que me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos. Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos.”
(Salmo 119:4 a 7)

            Gosto muito do salmo 119. Ele é o capítulo mais longo da Bíblia com 176 versículos e fala sobre a Palavra do Senhor. Os três versículos que quero conversar com vocês hoje falam sobre o conflito que há no coração e na mente de homem ao entrar em contato com as Leis do Senhor, e este é o tema desta mensagem.
            Ao criar ao mundo e a humanidade o Senhor estabeleceu decretos e ordenanças, entregou leis e mandamentos ao homem que continuam valendo até os dias de hoje. É difícil, por exemplo, você imaginar que alguém possa ter uma vida plena com Deus se tudo esta baseado em mentiras, sendo que o ensinamento do Senhor é “não mentir”. 
Porém, ao termos contato com estes mandamentos, acabamos com o mesmo pensamento que o salmista nos primeiros versículos da passagem que abre esta mensagem. Olhamos para estas ordenanças do Senhor e nos esforçamos para cumprir religiosamente todos eles. Acabamos transferindo todo o nosso relacionamento com Deus na prática destes preceitos, e a nossa vida diante de Deus se transforma numa religiosidade diária.
Esta é uma tendência do ser humano. A maioria de nós é muito boa em cumprir ordens. Acaba sendo uma vida de certo modo até mesmo mais fácil, pois ao encararmos nossa vida com Deus como o cumprimento ao pé da letra de cada um dos mandamentos estamos transferindo toda a nossa responsabilidade ao Senhor, afinal fizemos exatamente o que Ele mandou. E gradualmente passamos a acreditar que nossa salvação e que tudo aquilo que desejamos alcançar em Deus serão conquistados através daquilo que fazemos, o que é uma grande mentira.
 Como o apóstolo Sha’ul [Paulo] escreve aos romanos: “Portanto, pelo fato de sermos considerados justos diante de Deus por causa de nossa confiança, continuamos a ter shalom [paz] com Deus por meio de nosso Senhor Yeshua, o Messias. Também por meio dele, e com base em nossa confiança, obtivemos acesso à sua graça, na qual permanecemos; dessa forma, alegremo-nos com a esperança de experimentar a glória de Deus.” (Romanos 5: 1 e 2 NTJ). O que estamos lendo nesta passagem é que tanto a nossa salvação, quanto todas as bênçãos que esperamos do Senhor serão alcançadas mediante a nossa confiança [fé] na obra do Messias.
Quando nos distanciamos desta visão acabamos, usando as palavras do salmista, envergonhados. A palavra que o salmista usa no hebraico é buwsh que pode ser traduzida como sentir vergonha, ser envergonhado, embaraçado, desapontado. A tradução deste versículo na Nova Versão Internacional (NVI) diz: “Então eu não ficaria decepcionado ao considerar todos os teus mandamentos”.
Um homem que vive debaixo da lei, ou seja, achando que será justificado por aquilo que ele está fazendo, chega a conclusão que é muito difícil cumprir toda a lei. Percebe que por mais que ele se esforce, suas transgressões à lei divina são em maior número que aquilo que conseguiu cumprir. Esta conclusão produz neste homem o sentimento de decepção. Uma decepção consigo mesmo diante de sua falta da capacidade de observar todos os mandamentos.
Se nossa vida com Deus for fundamentada em deveres, obrigações, na famosa religiosidade, ela será uma vida de decepções, pois a cada dia descobriremos que não conseguimos cumprir tudo aquilo que impomos a nós mesmos.
Sabendo que isto é uma tendência do ser humano, como é que podemos nos prevenir? O remédio contra esta decepção é a firmeza de nossos passos. E o que significa isto?
Se nossos passos estão firmes, não tem como eles se desviarem. O que o salmista procura como remédio contra sua decepção é uma forma de não se desviar da lei do Senhor, e, esta forma que ele encontra, é o entendimento dos mandamentos do Senhor.
Quando compreendemos a Lei do Senhor, tudo passa a ter um novo sentido, e o cumprimento destes preceitos passa a ter uma razão. A compreensão dos mandamentos do Senhor leva a um melhor entendimento da natureza divina, o que nos dá mais razões para louvar e ter uma vida de intimidade com Deus. Afinal só louvamos e temos intimidade com aquilo que conhecemos.
Em momento algum Deus criou mandamentos para que o seu cumprimento nos salvasse. Desde os tempos de Abraão a salvação vinha exclusivamente do Senhor, pois está escrito “Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gênesis 15:9). Mas isto não significa que o Senhor aboliu toda a lei que Ele próprio entregou ao homem. Conforme o próprio Messias Yeshua disse: “Não pensem que vim abolir a Torah [Lei] ou os Profetas. Não vim abolir, mas completar. Sim, é verdade! Digo a vocês: até que os céus e a terra passem, nem mesmo um yud ou um traço da Torah passará – não até que todas as coisas que precisam acontecer tenham ocorrido.” (Mattityahu [Mateus] 5:17 e 18 NJT).
E o completamento da Lei feito por Yeshua é o entendimento do que está escrito. E como podemos alcançar este entendimento? Buscando a face do Senhor. Através de uma vida de intimidade com Deus, lendo e meditando na Palavra, orando, passando tempo na presença de Deus nossos olhos são abertos (Sl 119:18) e somos capazes de contemplar a maravilha que é a Lei do Senhor. Somos capazes de entender e com este entendimento cumprir tudo aquilo que o Senhor decretou.
A Lei não irá nos levar a Deus, mas a vida de intimidade com o Senhor trará sobre nós o cumprimento de tudo aquilo que está escrito.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Deus te conhece?

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor! ’, entrará no Reino do Céu, mas apenas quem faz o que meu Pai celestial deseja. Naquele dia, muitos me dirão: ‘Senhor, Senhor! Não profetizamos em seu nome? Não realizamos muitos milagres em seu nome? Então eu lhes direi na cara: ‘Nunca os conheci! Afastem-se de mim, praticantes do que é contra a lei!’.”
(Mattityahu [Mateus] 7:21 a 23 NTJ)

            Esta é uma passagem dura que nos faz pensar muito. Será que no grande Dia do Senhor seremos chamados de conhecidos de Deus? Será que nosso Pai nos conhece? Afinal, o que é ser conhecido?
            Quando nós conhecemos alguém sabemos os gostos da pessoa, reconhecemos a voz da pessoa, discernimos expressões, olhares, atitudes. Quando conhecemos alguém ficamos numa posição privilegiada de conhecimento onde muitas vezes não precisamos de palavras para saber o que se passa com a pessoa.
            Mas como tal conhecimento pode ser produzido?
            O conhecimento só é produzido quando gastamos tempo ao lado de quem se deseja conhecer. Só é obtido se relacionando com aquela pessoa. Sem relacionamento não há conhecimento. E quanto mais nos relacionamos, mais nos conhecemos.
            É assim em nosso relacionamento diário com as pessoas que estão próximas a nós e é assim em nosso relacionamento com Deus. Se desejamos conhecer e sermos conhecidos pelo Senhor devemos nos relacionarmos com Deus.
            Podemos neste instante nos perguntar por que é tão grave não se relacionar com Deus?  Por que somente quem se relaciona com o Senhor, quem é conhecido por Deus que entrará no Reino Celestial?
            Porque quando não nos relacionamos com nosso Criador, estamos fugindo do principal propósito de nossa criação. Deus criou a cada um de nós para nos relacionarmos com Ele.  O principal propósito da criação é o relacionamento.
            Foi devido a isto que o Senhor criou ao homem com a capacidade de pensar, de escolher, de agir. Deus não desejava um robô, mas um amigo. E como um amigo é alguém que escolhe estar ao seu lado, Deus criou um mecanismo para que o homem pudesse ter esta capacidade. O homem decidiu não estar com Deus, ele quebrou este relacionamento ao comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. E embora o relacionamento foi quebrado pelo homem, o Senhor por si só criou um mecanismo para que caso o homem desejasse, pudesse retomar o seu relacionamento com seu Criador. E Deus não pediu nada em troca. O homem por sua vez resolveu presentear ao Senhor de algum modo, e inventou os sacrifícios. E Deus aceitou o presente.
            E neste cenário ocorre uma história que muitos de nós já conhecemos: a história de Caim e Abel.

“Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o SENHOR: por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”
(Gênesis 4:3 a 7)

            Você sabe qual foi a diferença entre as duas ofertas? Você consegue discernir porque a oferta de Caim foi rejeitada enquanto que a oferta de seu irmão Abel foi aceita?
            Gênesis fala que Abel trouxe uma oferta ao Senhor das primícias de seu rebanho e da gordura deste. Abel estava entregando um presente a alguém com quem se relacionava. Quando presenteamos nossa namorada, ou namorado, escolhemos algo realmente bom, o melhor. Nós não damos qualquer coisa. Foi isto que fez Abel. Ele entregou as primícias, ou seja, o melhor de seu rebanho.
            A oferta de Caim não foi bem assim. Ele trouxe do fruto da terra uma oferta. Não sabemos se Caim levou a oferta, pois o ato de ofertar se tornou costumeiro a ele, não sabemos se alguém, até mesmo seus pais, o obrigaram a trazer uma oferta ao Senhor, não sabemos se ele entregou a oferta esperando receber algo em troca. O que sabemos é que a oferta de Caim foi inferior à oferta de Abel.
            Observe que em lugar algum vemos que o conteúdo da oferta foi superior ou inferior. Os dois trouxeram a Deus do fruto de vosso trabalho. Abel o pastor trouxe uma ovelha e Caim o lavrador trouxe frutos. O que fez a diferença foi a intenção: a oferta de Abel era fruto de seu relacionamento, a de Caim era o preço do relacionamento. Aqui surgem dois conceitos muito confundidos, embora bem diferentes: Religião e Religiosidade.
            A palavra religião vem de religar-se com Deus, de reatar um relacionamento com Ele. Daqui veio a oferta de Abel, da verdadeira religião. Ele estava relacionando-se com o Senhor e como fruto ou conseqüência deste relacionamento trouxe ao Senhor uma oferta. E ela foi aceita.
            A palavra religiosidade indica um conjunto de normas ou atitudes que tentam substituir a religião, ou seja, tenta produzir de algum modo nosso relacionamento com Deus. Daqui veio a oferta de Caim, da religiosidade. Ele tentou comprar seu relacionamento com Deus através de sua oferta. E ela não foi aceita.
            Muitos de nós temos errado neste ponto. Nada do que você faça pode comprar a sua salvação. Nenhuma ação que você possa ter irá comprar o seu perdão. Você não pode comprar o seu relacionamento com Deus.
            Tudo que eu faço para comprar minha salvação só me leva a condenação. A salvação, o perdão dos pecados e todas as demais coisas virão ao aceitar a Yeshua o Messias. Aceitar esta salvação implica aceitar o relacionamento que Deus quer ter conosco.
            E como você pode relacionar-se com Deus? Da mesma maneira que nos relacionamos com nossos companheiros. Se você já namorou antes sabe exatamente o que fazer, se ainda não namorou, aprender a se relacionar primeiramente com Deus irá te ajudar a se relacionar com as pessoas.
            Quem está namorando passa tempo juntos, e parece que nem todo tempo do mundo é suficiente. Passe tempo com o Senhor. Perca o vicio que temos de sair rapidamente da presença de Deus. Levante-se de madrugada e dedique o final de seu sono ao Senhor em oração. Busque ao Senhor, Ele ainda pode ser encontrado.
            Quem está namorando beija e abraça, deste modo beije e abrace a Deus. É bem difícil você se imaginar literalmente beijando e abraçando ao Senhor, mas estou dizendo isto em um sentido figurado. O que é o beijo e o braço senão uma demonstração de nosso afeto e carinho através de gestos. Faça estas demonstrações ao Senhor. Dance, gesticule, se ajoelhe, se prostre diante de Deus.
            Quem está namorando diz palavras de amor. Declare ao Senhor o seu amor, cante uma música a Ele. Mas cante a Ele. Entenda aquilo que está falando ou fique de boca fechada.
            Se relacionando com Deus você será conhecido por ele. O que você tem feito hoje?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"Salmo 121" (tradução)

Shalom! Mantenham vossos olhos no Senhor, dEle sempre vem nosso socorro.
Shabat Shalom!





Salmo 121


Elevo os olhos para os montes:
de onde me virá o socorro?
O meu socorro vem do Senhor,
que fez o céu e a terra.
Ele não permitirá que os teus pés vacilem;
não dormitará aquele que te guarda.
É certo que não dormita,
nem dorme o guarda de Israel.
O Senhor é quem te guarda;
o Senhor é a tua sombra à tua direita.
De dia não te molestará o sol,
nem de noite, a lua.
O Senhor e guardará de todo mal;
guardará a tua alma.
O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada,
desde agora e para sempre.

Profecia

“Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”
(Gênesis 1:26)

            Um dos aspectos que mais me chama atenção na criação é a forma que o homem foi criado. A Torah [Pentateuco] diz que o homem foi criado a imagem e semelhança do Eterno. Muitos acham que isto significa que o Senhor tem um aspecto físico como o nosso: olhos, boca, nariz, cabelo e tudo o mais. Realmente é mais fácil pensar em Deus como um ser que no mínimo lembra a nossa aparência física. Este recurso é muito usado na literatura e denomina-se catacrese.
            Porém, quando Gênesis diz que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, ele não está descrevendo aspectos físicos. As palavras tselem [imagem] e demut [semelhança, similaridade] têm um sentido espiritual. Mostra que o Senhor nos criou com as faculdades de raciocinar, de expressar suas emoções e de agir. Significa que Deus colocou em nós seu caráter e suas características.
            Dentre as características que o Senhor colocou sobre o homem é a capacidade de profetizar. O relato de Gênesis no capítulo primeiro nos mostra a maneira que o Senhor criou a Terra e tudo o que nela existe. Podemos ver em toda a criação, com exceção da criação do homem, que o Senhor criou tudo através de Sua Palavra. Ele ordenou e as coisas aconteceram. Esta característica de Deus é o que denominamos de profecia.
            Muitos classificam a profecia bíblica como a capacidade de prever o futuro. Uma leitura de I Coríntios 12:8 ao 10 me mostra que são coisas distintas. Entre diversos dons Sha’ul [Paulo] menciona três que desejo destacar: a palavra de conhecimento, a palavra de sabedoria e a profecia.
A palavra de conhecimento indica um dom onde recebemos a revelação daquilo que está acontecendo com algo ou alguém, declaramos o passado ou o presente que nos está oculto. Este dom é usado, por exemplo, quando uma pessoa está passando por algum tipo de dificuldade e ao orarmos por ela percebemos que o que está acontecendo é devido uma atitude dela.
A palavra de sabedoria indica um dom onde recebemos a revelação daquilo que irá acontecer caso o caminho não seja alterado. De certo modo é o dom de prever o futuro. Podemos ver este dom sendo usado diversas vezes nas Escrituras quando os profetas do Tanakh [Antigo Testamento] falavam aos reis que se eles não se convertessem do mau caminho que levavam, seriam levados cativos.
E por fim temos a profecia. Podemos ver a profecia sendo utilizada em Ezequiel 37:4 e 5: “Disse-me ele: profetiza a estes ossos e dize-lhes: ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis.”. A profecia não é simplesmente declarar aquilo que irá acontecer. É dar uma ordem para que determinada ação aconteça.
Tal ordem é a que nosso Messias Yeshua explica em Mattityahu [Mateus] 17:20: “Ele lhes disse: “Porque vocês têm pouquíssima confiança! Eu lhes asseguro que, se tiverem confiança tão diminuta quanto uma semente de mostarda, poderão dizer a esta montanha: ‘Saia daqui e vá para lá’, e ela sairá; de fato, nada lhes será impossível.”. Esta declaração nos prova que temos esta característica de Deus, que temos dentro de nós a palavra realizadora do Senhor. E este dom pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal.

“Da mesma forma, a língua é uma pequena parte do corpo, mas se gloria de grandes coisas. Vejam que um fogo pequeno é capaz de queimar uma floresta. Sim, a língua é um fogo, um mundo de iniqüidade. Ela está alojada entre os membros do nosso corpo e o contamina por inteiro, incendiando todo o curso de nossa vida; seu fogo é alimentado pelo Gei-Hinnom [vale de Hinnom]. Os seres humanos dominaram e continuam domesticando todas as espécies de animais, aves, répteis e criaturas do mar, entretanto, ninguém consegue domar a língua – ela é incontrolável e maligna, cheia de veneno mortal. Com ela bendizemos Adonai, o Pai, e com ela amaldiçoamos as pessoas, criadas à imagem de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição! Irmãos, não é correto que as coisas sejam desta forma.”
(Ya’akov [Tiago] 3:5 ao 10)

“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
(Provérbios 18:21)

O dom da profecia que o Senhor entregou a cada um de nós deve ser usado com muita cautela. As palavras que declaramos têm poder. Quando você diz a seu filho: “Você é burro!”, você está profetizando isto sobre a vida dele. Mesmo que foi uma declaração impensada ou fruto de um momento de ira. Foi o que aconteceu com Eliseu. Alguns rapazes começaram a rir de sua calvície e ele em um momento de ira amaldiçoou-os. Como resultado foram devorados por ursas (II Reis 2:23 e 24).
Um detalhe muito importante é que toda maldição que proferimos afeta também a nós. É o que Yeshua disse em Mattityahu [Mateus] 15: 18: “Mas o que sai da boca procede do coração, e são essas coisas que tornam o homem impuro.”.
Você recebeu do Senhor o dom de profetizar. As palavras que saem de sua boca têm poder. Você tem sobre a sua vida o dom de dar ordens. Cuidado com aquilo que anda ordenando. Você pode estar destruindo a vida de sua família, das pessoas que você ama e direta ou indiretamente, destruindo a sua própria vida.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"Days of Elijah" de Paul Wilbur (tradução)

Vivemos dias diferentes. São dias de nos posicionarmos na presença de nosso Senhor.





Dias de Elias

Paul Wilbur

Estes são dias de Elias,
Pregando a palavra de Deus.
E estes são dias do servo, Moisés,
Justiça reinando outra vez.
São dias de tribulações,
De trevas e perseguições.
Mas somos a voz no deserto que clama:
Prepare o caminho do Senhor
Ele vem,
A trombeta soará!
Claro como o sol,
Nas nuvens voltará.
Declare alto,
Este é o ano do perdão,
De Sião virá a salvação.
Estes são dias de Ezequiel,
No vale dos ossos secos.
E estes são dias do servo Davi,
Restaurando a adoração.
São dias de grande colheita,
Os campos brancos estão.
Nós somos os trabalhadores na vinha,
Pregando a salvação.

De Deus não se zomba

Na Bíblia está escrito: "Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará".  (Gálatas 6:7)

JOHN LENNON
Ao dar uma entrevista a uma revista americana, disse: "O cristianismo vai se acabar, vai se encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso. Eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo.(1966)"


Lennon foi baleado por um dos seus fãs.


TANCREDO NEVES
Na ocasião da campanha presidencial, disse que se tivesse 500 votos do seu partido (PDS), nem Deus o tiraria da presidência da república.

Os votos ele conseguiu, mas o trono lhe foi tirado um dia antes de tomar posse.


BRIZOLA
No ano de 1990, na campanha presidencial, disse que aceitava até o apoio do demônio para se tornar presidente.

A campanha, quando acabou, apontou Collor como presidente e não mostrou Brizola nem em segundo lugar.


O CONSTRUTOR DO NAVIO TITANIC
O construtor do maior navio de passageiros de sua época, no dia de lançá-lo ao mar, respondeu o seguinte, para uma repórter que lhe perguntou a respeito da segurança do navio: "Minha filha, nem Deus afunda este navio".

O Titanic afundou após bater num iceberg, matando centenas de passageiros. Foi o maior naufrágio de um navio de passageiros no mundo.


MARILYN MONROE
Foi visitada por Billy Graham durante a apresentação de um show. Ele, um pregador do Evangelho, na época havia sido mandado pelo Espírito Santo àquele lugar, para pregar a Marilyn. Porém ela, depois de ouvir a mensagem do Evangelho, disse: "Não preciso do seu Jesus."

Uma semana depois foi encontrada morta em seu apartamento.


BON SCOTE
Ex-vocalista do conjunto AC/DC. Cantava no ano de 1979 uma música com a seguinte frase: "Don´t stop me, I´m going down all the way, wow the highway to hell" (Não me impeça... Vou seguir o caminho até o fim, na auto-estrada para o inferno).

No dia 19 de fevereiro de 1980, Bon Scote foi encontrado morto, asfixiado pelo próprio vômito.


Outros
Certa jovem estava saindo com seus amigos para um final de semana na praia. Sua mãe, preocupada com a excessiva empolgação dos jovens, disse-lhe: "Vai com Deus, minha filha". A moça, com ironia, respondeu: "Só se Ele for no porta-malas, mãe, pois no carro não cabe mais nada". E saíram rindo.

Na viagem de ida, envolveram-se num grave acidente. Todos morreram, porém, nada do que estava no porta-malas sofreu qualquer dano. Nem mesmo um só ovo se quebrou na caixa de ovos que eles estavam levando.

Autor desconhecido.
Colaborador: Dafne.

Extraído de http://www.sitedopastor.com.br

O Reino de Deus

“Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”
(Gênesis 1:26)

            No princípio o Senhor criou todas as coisas, inclusive a Terra e o homem. Depois de criar o homem Deus o colocou para governar toda a Terra. Toda a criação foi sujeita ao homem por Deus. Podemos ver Deus criando a Terra e fazendo nela um local muito especial, o Éden, a morada do homem. Vejo este Éden como uma réplica do monte do Senhor (Ez 28:13 e 14), e assim como no monte santo do Senhor existe um trono onde o próprio Deus se assenta e governa sobre todo o universo, o próprio Deus colocou no Éden terreno, figuradamente, um trono para que Adão, o homem, se assentasse sobre ele e governasse toda a Terra.
            Infelizmente o homem não governou por muito tempo. No relato de Gênesis três vemos que o homem afastou-se de Deus. O Senhor deu ao homem livre arbítrio, ou seja, liberdade para escolher que caminho tomar, e ofereceu ao homem mecanismos onde ele pudesse fazer esta escolha. O homem decidiu caminhar para longe do Senhor, e esta decisão trouxe conseqüências não somente para ele, mas para toda Terra.

“E a Adão disse: visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.”
(Gênesis 3:17)


            Observem que, nesta passagem, o Senhor não está amaldiçoando a terra, nem castigando ao homem. Ele está declarando qual é a conseqüência da atitude do homem. O mundo todo, incluindo o mundo espiritual, é regido por leis eternas. E o Senhor, como um ser justo, não viola nenhuma destas leis para o beneficio de ninguém. Embora Ele amasse Adão, do mesmo modo que ama a cada um de nós, não mudou as leis espirituais para beneficiar Adão. Ao contrário, ele alertou Adão sobre como seria o seu caminho dali por diante.
            Como governante sobre a terra, ao se distanciar do Senhor, Adão fez com que toda a terra se distanciasse de Deus. Esta foi a causa da maldição que caiu sobre tudo. Ao decidir seguir o seu caminho longe do Senhor, o homem levantou-se do trono e permitiu que o inimigo de toda a criação sentasse sobre ele.

“O Adversário o levou a um lugar alto, mostrou-lhe em um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu lhe darei todo o poder e toda a glória. Eles foram entregue a mim, e posso dá-los a quem escolher”.”
(Lucas 4:5 e 6 NTJ)

“Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo jaz no poder do Maligno.”
(1 Yochanan [João] 5:19 NTJ)

            O governo da terra foi entregue nas mãos de nosso adversário. Não existe uma terceira pessoa, ou sujeitamos a terra ao Senhor ou ao Adversário, e o homem escolheu sujeitar a terra ao domínio do Inimigo. Com isto, embora o mundo não pertença ao Diabo (como uma versão incorreta de I Jo 5:19 diz) toda a terra está morta debaixo do reinado de Satanás.

“A criação aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados; porque a criação foi submetida à frustração – não por vontade própria, mas por causa de quem a sujeitou. Entretanto, foi lhe dada uma esperança segura de que ela também será libertada da escravidão à decadência e usufruirá a liberdade que acompanha a glória que os filhos de Deus terão. Sabemos que, até agora, toda a criação geme, como se sentisse dores de parto; e não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente enquanto continuamos esperando com ardor para sermos feitos filhos – isto é, termos o corpo redimido e libertado.”
(Romanos 8:19 ao 23 NTJ)

            A criação geme, ela não suporta esta posição de maldição que lhe foi imposta. E espera sua libertação.
Tudo isto tem uma influência muito importante para nós. Do que você é feito? Gênesis 2:7 diz que “então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” Da forma que quando fez a Terra, quando Deus fez a mim e a você, que somos feitos de terra, Deus colocou em nós um trono. E a pessoa que assenta neste trono influencia diretamente nossa vida.
Deus quer reinar sobre ti! E somente sob este reinado você será realmente abençoado e feliz. Somente sobre este reinado você será verdadeiramente livre. Deus criou a Terra para estabelecer o Seu reino aqui. Todo reino precisa de súditos. Assim, Ele nos salva, nos ensina a nos submetermos ao seu reino e passamos a ser implantadores do Reino de Deus aqui na terra.
Quando não deixamos que Ele se assente sobre o trono que está em nossas vidas nos tornamos como a terra.
Nosso corpo geme: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” (Salmo 32:3).
No tornamos malditos: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão:” (Deuteronômio 28:15)
Não recebemos o que nó desejamos: “Ou vocês oram e não recebem, por orarem com a motivação errada: a pretensão de saciar os próprios desejos.” (Ya’akov [Tiago] 4:3 NTJ).
No entanto quando nos submetemos ao reinado de Deus, todas as bênçãos de Deus vêem sobre nossas vidas. “Reina o SENHOR. regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas.” (Salmo 97:1).
Como é que podemos deixar Deus reinar sobre nós?

“Em outras palavras, não se deixem conformar aos padrões do ‘olam hazeh [este mundo, esta era]. Em vez disso, continuem se transformando mediante a renovação de sua mente, para que saibam o que Deus deseja, e todos concordarão que seu desejo é bom, satisfatório e fadado ao êxito.”
(Romanos 12:2 NTJ)

Conformar significa tomar a forma. O primeiro passo para que você se submeta ao governo de Deus começa em sua mente. Esteja ciente que você será diferente, agirá de outra maneira. Não é porque todos fazem que você irá fazer. Liberte-se dos modismos e padrões que a sociedade impõe a você. Liberte-se da preocupação de agradar aqueles que convivem contigo. Seja livre para decidir o que falar, o que vestir, o que aceitar e o que rejeitar.
A sociedade sempre tenta decidir tudo por nós, mas para que nos submetamos ao governo do Senhor, precisamos pensar com nossa própria mente, sem pressões ou imposições.

“Portanto, submetam-se a Deus. Além disso, resistam ao Adversário, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Limpem as mãos, pecadores; purifiquem o coração, vocês que têm a mente dividida! Gemam, lamentem-se e solucem. Que seu riso se transforme em lamento e sua alegria em tristeza! Humilhem-se perante o Senhor, e ele os exaltará”
(Ya’akov [Tiago] 4:7 ao 10 NTJ)

Este último texto nos indica mais alguns passos para entronizarmos Deus sobre nós.
Resistir ao Adversário e deixar de lado tudo aquilo que certamente ele irá nos oferecer. Diariamente somos tentados a abandonar o reinado de Deus. Esta tentação nem sempre tem alguma origem sobrenatural. Nosso eu muitas vezes deseja aquilo que nos afasta da Deus, nossos amigos e parentes tentam nos influenciar a abandonar o reinado do Senhor, a sociedade que nos cerca impõe a nós seus padrões. Isto é o nosso adversário, não apenas o Diabo, mas tudo aquilo que tenta nos afastar dos padrões do Senhor.
Chegar a Deus: não há outra forma de estar debaixo do seu governo. Deus procura em nós intimidade. O Pai deseja filhos não escravos. Não somos chamados para obedecer cegamente a um monarca tirano, mas para caminhar junto a nosso Rei e Pai.
Purificação é o que precisamos para sermos capazes de viver ao lado de Deus. Nossas mãos são nosso principal instrumento de ação. Quase tudo o que realizamos é feito através delas. Limpar as mãos significa deixarmos de lado nossas más ações e tomarmos a decisão de não mais praticá-las. Nosso coração é a fonte de tudo aquilo que pensamos e sentimos. Purificar o coração significa rever tudo àquilo que pensamos e tudo aquilo que sentimos. Quando Ya’akov [Tiago] diz que o riso deve se transformar em lamento e a alegria em tristeza, ele não esta indicando que o filho de Deus é uma pessoa infeliz e carrancuda. Ele esta dizendo que para nos submetermos ao Reino de Deus devemos procurar a fonte da alegria verdadeira, a comunhão com nosso Pai, e deixar de lado as paixões desta era que distrai nossa mente, mas não completa o vazio de nosso coração.
O ultimo elemento importante é a humildade. Isto nos indica que não devemos nos considerar intocáveis e perfeitos. Mas estarmos sempre abertos a sugestões de mudanças e exortações, sempre dispostos a abandonar um mau caminho.
Quando Deus estiver entronizado em sua vida, tudo será melhor para você. Nosso Pai trabalha em camadas: primeiro ele estabelece Seu reino sobre você, em seguida Ele atua sobre a sua família. Depois disso atua na Igreja e por fim em toda Terra. Não seja um obstáculo para o agir de Deus.